quinta-feira, 29 de novembro de 2007

2+2=11

Dois mais dois é igual ao que eu quiser, dentro de um determinado universo chamado base de contagem. Na base 10, dois mais dois é igual a quatro, porque posso contar de zero a nove, logo o quatro é um algarismo válido.

Na base de contagem 10 o dez é uma concatenação de algarismos, o um e o zero, porque não existem mais caracteres a considerar. Só posso usar os existentes que são do zero até ao nove.

Na base de contagem hexadecimal, por exemplo, já existem outros caracteres a considerar a seguir ao nove. A contagem vai de zero a nove e depois vem o A, o B, o C, até ao F. O último caracter é o quinze da base 10. O 16 da base 10 já tem de ser o 10 na base hexadecimal. Contando, dá algo assim: 0, 1, 2, 3… 8, 9, A, B, C, D, E, F, 10, 11, 12, etc.

Tanto na base decimal como na base hexadecimal, dois mais dois é igual a quatro, porém, na base 3 o três não existe, tendo em consideração que na base 10 o dez também não existe como um só caracter. Então, na base 3 o três é 10, porque é a concatenação dos dois primeiros caracteres possíveis na base de contagem. Contando, fica assim: 0, 1, 2, 10, 11, 12, 20, 21, 22, 100!!!

Por isso o 11 na base 3 é o quatro na base 10, logo 2+2=11, na base 3. Dois mais dois, na base 4 é igual a 10.

À primeira vista até pode parecer complicado, mas… e se vos disser que todos nós, todos os dias, nos regemos por uma base de contagem que não a 10?

A base sexagesimal é a base de contagem 60, aquela que nos diz que o 60 não existe. Quando chega a cinquenta e nove minutos passa para a hora seguinte. Seis minutos é um décimo de hora, logo dez em cem na base centesimal. Portanto, 6=10. Este tipo de associação é deveras importante quando se tem de fazer contas com horas e convertê-las em partes decimais.

Os apontadores de pontos de entrada lidam com este tipo de conversão numa base diária. Quando precisam dizer a um programa de salários que determinado funcionário trabalhou 9,5 horas, terá de converter 9 horas e 30 minutos da base sexagesimal para a decimal.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Suporte à decisão

A melhor forma de se tomar decisões empresariais é ter informação fiável e imediata. Esta informação deve vir em forma de listagem em papel ou por qualquer via electrónica.

Ao contrário do que imensa gente pensa a informação deve vir o mais concentrada e condensada possível e explico porquê:

para tomar uma decisão de vulto só necessito saber a rama. Saber se os resultados deram ou não o que previ. Se sim, decido seguir em frente com a minha decisão. Se não, devo então descer uma patamar na minha informação e tentar perceber a rama (outra vez) do problema.

Quando digo descer um patamar, quero dizer descondensar a informação um nível e tentar que esse nível me dê a noção do que aconteceu para que as minhas previsões não se concretizassem. E devo fazer todos os esforços para que esta “descondensação” seja suficiente para tal.

Se for suficiente, tomo outra decisão: ou corrijo o erro e sigo em frente com a primeira decisão, ou corrijo a minha decisão inicial e tomo outro rumo ao nível de previsões. Se não for, devo então descer mais um patamar. Este deve mesmo ser o último suporte à decisão e deve conter apenas a informação suficiente para descobrir ou a gaffe das minhas previsões, ou o problema que originou o desvio. Devo então voltar à questão de corrigir o erro ou corrigir a decisão.

Para que este tipo de listagem seja possível é necessário que a informação seja inserida por fases também. Devo manusea-la de forma a que a fase 1 seja a fase principal e que esta seja subdividida em sub fases, tais como a 1.01, a 1.01.01, a 1.02.01 e assim sucessivamente. A 1.01 é a sub fase 01 da fase 1 e a 1.02.01 é a sub sub fase 01 da sub fase 02 da fase 1. No fundo é o manuseamento da informação por familias.

Quando necessito da rama, ou seja, da informação totalmente compactada, devo consultar unicamente a fase 1. Se esta não for suficiente, então devo descer ao nível das sub fases e analisa-las uma a uma e, se mesmo assim não for suficiente, devo então descer para as sub sub fases e analisa-las uma a uma também.

Aqui, nas sub sub fases, arrisco-me a ter imensas linhas de informação para ler, o que torna mais demorada a minha decisão.

Portanto, se eu conseguir decidir ao nível da fase 1, ganho imenso tempo, logo a minha produtividade aumenta e ainda evito a análise de toneladas de informação que não me servem para nada. É por isto que algumas empresas se perdem. A informação deve-nos chegar na medida certa. Nem muita nem muito pouca.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Back to fora business...

... é só trocar o org por net.

:)

sábado, 17 de novembro de 2007

Turismo


Foto: Roger Smith
Cerro Tololo Interamerican Observatory

Suponho que para se fazer uma viagem inter estelar e voltar ainda a tempo de comer uma francesinha ao jantar, se terá de inventar um foguete cujo combustível seja energia negra e ir colhendo-o durante a viagem. Afinal, é negra, mas é energia, ora. Actualmente não existe nenhum combustível eficaz que nos permita fazer uma viagem destas, por isso, ou começamos a dar largas à imaginação, ou não sairemos do nosso sistema solar nos próximos minutos celestes.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

David and Goliath


















Estou a preparar este Davidezinho:
Dual Core 2.0Ghz
Disco de 160Gb
2Gb RAM

A parte mais interessante vem agora:

Estão a ver aquela mancha castanha no canto inferior esquerdo do ecrã? É um sensor biométrico para impressão digital. Qual nome de utilizador, qual password; basta passar o dedinho e o gajo arranca prò windows de gás.

Esperem aí, há mais:

Agora reparem na luz azul no canto inferior direito. É mesmo o que estavam a pensar. Este gajinho, de 1.8Kg e ecrã de 13.7", tem incorporado um leitor 3G/UMTS/HSDPA. Ou seja, é só lá colocar o cartão SIM e o gajo conecta-se automaticamente à Internet via Vodafone, Optimus, TMN ou qualquer um outro fornecedor de Internet wireless.

Além de tudo isto, tem leitor de cartões de memória SD, à frente, ao centro, junto daqueles dois buraquinhos. Gravador de DVDs e tudo o resto que um portátil costuma ter.

E é Tablet, o que quer dizer que o ecrã roda horizontalmente 180º e ainda fecha com o ecrã virado para cima. Assim ó:













A marca: Fujitsu-Siemens Tablet T4220.

O preço: ~3390 Sestércios com Docking Station incluída.

Explore o céu com o Google Earth

Planning the journey


quinta-feira, 15 de novembro de 2007

20 minutos e 4 horas

Um colega andava há três meses a azucrinar-me a téte para melhorar a condição da máquina dele. Dizia que demorava dez minutos a arrancar e outros dez a desligar. Disse-lhe: "Olha uma ideia fixe: não desligues a máquina. Ganhas logo vinte minutos por dia."

Bom, mas tinha mesmo de lhe resolver o problema e então desloquei-me lenta e pesarosamente até ao gabinete do rapaz, técnico de qualidade. Após uma longa e cuidadosa análise de trinta segundos deparei que o pc era um Pentium IV a 2.6Ghz. “Bolas, meu, com uma máquina destas, para word e excel, tás muito bem servido. Qual é o problema?” Encolheu os ombros e disse-me “só sei que demora dez minutos a…”. Interrompi-o: “Já sei, já sei…”

Deparei, então, que o pc tinha um disco de 3Gb. Yep, 3Gb. Há telemóveis com mais capacidade, LOL! Tentei lembrar-me a que propósito uma máquina daquelas tinha um disco tão “dinossaurico” e lembrei-me que há alguns anos aquela máquina tinha queimado a placa principal, vulgo mother board, e que a reparação tinha sido a substituição da dita, mas, para não ficar demasiado cara, não substitui mais nada.

Disse ao rapaz que com meia dúzia de reis de mel coado lhe resolveria o problema. Iria comprar um disco de 160Gb e 1 Gb de memória e que a máquina até iria voar, carago. Diz o gajo: “E isso vai demorar mais três meses?” Cabranote mal agradecido!

Comprei as peças e avisei-o.

“Quanto tempo demora a substituição?” – perguntou.
“20 minutos.” – contrapus.

Comecei por colocar o disco antigo como slave e o novo como master, para que os dois se entendessem. Formatei uma disquete com arranque DOS e copiei o Ghost da Symantec (programa para copiar integralmente informação de um disco para outro) para lá. Introduzi o disquete no drive, arranquei com o pc e… prontoS, começaram aqui todos os problemas da minha vida.

A disquete não arrancava, com um erro que só os semideuses da micro$oft conseguem entender. Ok, acho que percebi que o problema residia no drive avariado. Então, via Nero, criei um cd de arranque com o denominado Ghost lá dentro. Introduzi o cd no drive, arranquei com o pc e… ProntoS, começaram aqui todos os problemas da minha vida.

O cd também não arrancava. Comecei a desesperar e a dizer ao rapaz que era melhor ficar com o disco antigo e tal, porque o disco novo também poderia estar avariado, já que nada funcionava naquele pc. Fosca-se!

Depois lembrei-me que tinha um cd do windows 98 que arrancava em DOS. E funcionou. O cd do windows 98 pergunta no início se quero instalar o windows ou arrancar em DOS com suporte para cd. Então, depois de arrancar, coloquei o cd do Ghost e comecei a fazer a cópia do disco antigo para o novo. Estava a ficar mais contentinho. A coisa estava a rolar. Após a cópia, retirei o disco de 3Gb, arranquei com o pc e… ProntoS, começaram aqui todos os problemas da minha vida.

O pc tinha ligada uma pen de 1Gb e o windows xp ao arrancar passou-se com ela e começou o fazer-lhe uma verificação limpando-a completamente. Um giguita de info prò galheiro. AH, Ah, ah… :( Logo de seguida afinfa-me com uma msg a dizer que existia um erro com a licença do windows e não podia arrancar.

Ok, toca a ligar o disco antigo outra vez, formatar o novo e Ghost nos cabrões outra vez. Após mais vinte minutos de cópia lá ficou tudo bem desta vez. Passaram-se 4 (quatro) horas.

Mais valia ir cavar batatas. Basta semear, regar e esperar que cresçam…